Taís Bonilha Alves

Inúmeros são os Mitos sobre Queda de Cabelo. E aqui vamos tentar esclarecer todos.

Inúmeros são os Mitos sobre Queda de Cabelo. E aqui vamos tentar esclarecer todos.

Por Que Agendar uma Consulta com a Dra. Taís Bonilha?

Dra Taís Bonilha. Com 20 anos de experiência em Doenças do Cabelo, Pele e Unhas.

Se você sofre de Queda de Cabelo, procurar um médico Dermatologista é um passo importante para identificar a causa do seu problema e qual o melhor tratamento para o seu caso. A Dr. Taís Bonilha, atende no bairro da Lapa em São Paulo, tem 20 anos de experiência com doenças de cabelos, pele e unhas. Aqui algumas razões para agendar uma consulta com esta médica especialista:

  1. Experiência e Especialização: Com 20 anos atendendo pacientes com problemas de cabelos, pele e unhas a Dra Taís Bonilha segue atualizando-se constantemente. Ela é membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e está sempre em dias com os novos tratamento que surgem nesta área, principalmente para Doenças do Cabelo e Couro cabeludo.
  2. Abordagem Individualizada. Dra. Taís acredita fortemente que cada paciente é único e gosta de entender a fundo o que pode estar por traz da queixa ou sintoma de cada um para poder oferecer um tratamento individualizado. Na consulta ela leva em conta todo o histórico médico do paciente e seu estilo de vida para assim poder oferecer a melhor opção de tratamento para cada um.

Avaliação postada no Google

Vamos desvendar algumas crenças comuns sobre Queda de Cabelo:

  1. Lavar o cabelo todos os dias faz cair mais cabelo. Este é o mito campeão!! É comum que o paciente que esteja passando por algum tipo de queda de cabelo evite lavar os cabelos com medo de piorar o problema. Na realidade seja qual for seu tipo de Queda de Cabelo, lavar mais ou menos não vai influenciar em nada. O que ocorre é que quando o cabelo cai muitas vezes ele não vai imediatamente parar no chão ou na sua roupa, o fio se desprende do couro cabeludo mas permanece ali na cabeça como que “apoiado” nos outros, principalmente em que tem cabelos cacheados e daí, na hora da lavagem, ele deslisa e fica perceptível na mão ou no chão. Sim, seu cabelo pode estar caindo além do normal mas não porque você lava a cabeça e a solução para seu problema não será ficar sem lavar os cabelos!
  2. A Queda de Cabelo é hereditária apenas pelo lado materno. Outro mito muito comum. Sim, alguns tipos de queda de cabelo são realmente hereditários porem essa herança pode vir tanto do lado materno como paterno. O tipo mais comum de Queda de Cabelo “hereditária” é a Alopécia Androgenética” ou calvície e pode acometer homens e mulheres.
  3. Estresse é a única causa da Queda de cabelo. Existem inúmeras causas para queda de cabelo e uma delas pode realmente ser o estresse. Porem, antes de fazer tal afirmação, o médico especialista vai fazer uma investigação de todas as causas possíveis e a chance de concluir que sua causa de cabelo é por outro motivo é muito grande.
  4. Cortar é uma solução para a Queda de Cabelo. No caso das mulheres esta é uma crença bem comum! Algumas fazem o sacrifício de cortar seus longos cabelos achando que assim resolverá o problema. Das duas uma; ou a queda se resolveu porque iria mesmo se resolver espontaneamente em algumas semanas ou, com o cabelo mais curto, o “bolinho” de fios na escova ou no ralo acaba sendo menor em volume mas em número permanece o mesmo.
  5. Usar boné pode causar Queda de Cabelo. Usar boné ou chapéu é por conta do gosto de cada um e se este é seu caso não precisa mudar. Moderação e higiene podem ajudar. O que pode ocorrer é que o abafamento do boné, usado por muitas horas, acabe agravando um quadro de caspa ou seborreia. Se você tem tendência a caspa ou um couro cabeludo oleoso, deve usar um xampu apropriado uma ou duas vezes na semana, retirar o boné assim que chegar em casa para “arejar” os fios e ter mais de um boné para alternar no uso. Com alguns cuidados você poderá usar boné sim e ficará tudo bem.

Será que o uso de boné faze o cabelo cair?

Mito. Lavar a cabeça não aumenta a queda de cabelos.

Agora que já esclarecemos alguns mitos, vamos entender melhor sobre este problema tão comum; Queda de Cabelo

Conheça os tipos mais comuns de Queda de Cabelo.

Existem vários “tipos” de Queda de Cabelo.

O Médico Tricologista, que estuda as Doenças do Cabelo e do couro cabeludo, é capaz de diferenciar entre os diferentes tipos de Queda de Cabelo.

Os sinais mais comuns são: diminuição do volume de cabelo, afinamento dos fios e falhas no couro cabeludo.

1.Eflúvio Telógeno

É quando ocorre um aumento da taxa diária de fios que caem. A taxa de queda considerada normal é de até 150 fios por dia. Normalmente, você já consegue perceber que o cabelo cai além do normal quando essa taxa chega a 250 ou 300 fios. É um quadro reversível, na maioria das vezes.

Queda de Cabelo. Até quanto é normal?

Você sabe quando deve suspeitar que está com Eflúvio Telógeno? Aqui algumas dicas:

  1. Você ou alguém da sua convivência nota que o chão da casa, ou sua roupa, ou o banco do carro, ficam sempre com acumulo de fios, por mais que se limpe
  2. No banho, ao lavar os cabelos você percebe que o “bolinho” de fios que se forma cada vez aumenta mais
  3. Seu “rabo de cavalo” afinou rapidamente, nos últimos meses
  4. De repente você percebe que está com “entradas”  onde antes o cabelo estava normal

Após estas dicas, você concluiu que está com Eflúvio Telógeno? Então vamos entender exatamente do que se trata!

Eflúvio Telógeno Agudo

É quando a queda de cabelo iniciou-se há menos de 6 meses. Existem inúmeras causas para essa Queda de Cabelo aguda e vou te contar aqui as mais comuns:

  1. Dietas alimentares ou má alimentação
  2. Viroses como COVID e Dengue; como você já deve ter lido ou visto nas mídias recentemente
  3. Alterações hormonais. Um exemplo bem conhecido pelas mulheres é a queda de cabelo que temos 3 meses após o parto
  4. Cirurgias de médio e grande porte
  5. Medicamentos comuns que usamos para tratar ansiedade, micose, pressão alta, etc .
  6. Até vitaminas, tão divulgadas como uma solução para queda de cabelo , quando mal indicadas podem ser uma causa de Eflúvio Telógeno Agudo, como é o caso da vitamina A
  7. Estresse, que pode ser físico ou emocional
  8. Apesar de tantas causas diferentes que podem explicar a sua Queda de Cabelo ou Efluvio Telógeno saiba que em 30% dos caso a causa é indefinida

Medicamentos: diversos remédios comuns no nosso dia-a-dia podem causar a Queda de Cabelo do tipo Eflúvio Telógeno

É muito comum que um mesmo paciente tenha mais de uma causa que explica sua queda de cabelo

Agora que citei algumas das causas mais comuns de Eflúvio Telógeno, talvez você já tenha identificado a sua mas … será?

Quando eu falo para um paciente , após investigar todas as possíveis causas , que a queda de cabelo dele é, por exemplo, a Dengue, muitas vezes ele não entende , já que a doença foi meses antes dele começar a perder cabelo… Pois é, após a dengue (poderia ser COVID, parto, cirugia etc) ser o gatilho para seu fio de cabelo entrar prematuramente em fase de queda (fase telógena, daí o nome deste eflúvio), ele vai demorar 3 meses para sair das camadas mais profundas da pele, chegar até a superfície e só então se desprender e cair.

Bom mas “não há mal que dure para sempre” ou você pode dizer “uma hora meu organismo se recupera da dengue, covid, cirurgia ou estresse emocional”, não é? É isso mesmo! O Eflúvio Telógeno Agudo costuma “ter hora para acabar” ou seja, é autolimitado e se resolve em até 6 meses.

Eflúvio Telógeno Crônico

Se você está com queda de cabelo há mais de 6 meses ou tem ciclos repetidos deste problema, você pode estar sofrendo de Eflúvio Telógeno Crônico.

Neste caso todos os sinais que vimos no Eflúvio Agudo se intensificam porque o cabelo não tem tempo de se recuperar; ou porque a causa da sua queda de cabelo não era passageira (uma anemia que não foi tratada, por exemplo) ou porque você emendou uma causa diferente atrás da outra! De qualquer forma, seu cabelo após longos meses de queda além de estar diminuído em número de fios  vai piorar também em qualidade; a haste fica afinada, quebradiça , com pontas fracas etc.

Aqui algumas causas bem comuns de Eflúvio Telógeno Crônico:

  1. Doenças autoimunes como tireoidite de Hashimoto, lúpus, artrite reumatóide
  2. Deficiências nutricionais crônicas; de vitaminas, proteínas e/ou minerais que são muito comuns em quem fez Cirurgia Bariátrica ou tem alguma Intolerância Alimentar
  3. Uso contínuo de medicações que sabidamente causam eflúvio
  4. Doenças crônicas em geral

Cirurgia Bariátrica. causa comum de Eflúvio telógeno crônico.

Quais são os tratamentos do Eflúvio Telógeno?

Bem, você agora já entendeu que cada um tem uma causa para sua queda de cabelo. Podemos até afirmar que a mesma pessoa pode ter queda de cabelo por diferentes causas no decorrer da vida. Sendo assim, seu tratamento vai depender da sua causa de eflúvio. Algumas causas tem tratamento  fácil , outras  difícil e podemos até não precisar de  nenhum tratamento, como nas causa autolimitadas (lembra que falei da dengue e covid?).

Tratamento Tópico. Medicações para pingar diariamente ajudam no tratamento da Queda de Cabelo.

Eu sei, se você está aqui pesquisando sobre queda de cabelo ou se já procurou seu dermatologista para tratar seu eflúvio é porque não quer ficar esperando passar! Pois então acalme seu coração porque atualmente conseguimos abreviar o tempo que um eflúvio telógeno agudo vai levar para cessar.

Nos casos crônicos o tratamento pode ser mais prolongado ou até se tornar contínuo e é importante você saber que também nesses casos desafiadores conseguimos controlar a queda de cabelo.

Tratamento Medicamentoso

Existem vários medicamentos disponíveis no mercado nacional voltados para o tratamento do Eflúvio Telógeno. Esses medicamentos podem ser administrados de diferentes formas:

  1. Medicaentos Tópicos. São os medicamentos prescrito para o paciente pingar no couro cabeludo, todo dia.
  2. Medicamentos Orais. São medicamentos na forma de comprimidos ou cápsulas para o paciente ingerir diariamente podem ser formulados sob encomenda em farmácia de manipulação ou comprados prontos.
  3. Medicamentos Injetáveis. São medicamentos injetados diretamente no couro cabeludo. Existem várias técnicas as mais conhecidas são a mesoterapia e a MMP ( micro infusão de medicamentos na pele).

Quer saber mais sobre as opções de Tratamento do Eflúvio Telógeno ? Clique no link a seguir:

https://drataisbonilha.com.br/efluvio-telogeno/

Então, qual será o seu tratamento para Queda de Cabelo?

Podemos aliar todas essas opções medicamentosas ou alterná-las no decorrer do mesmo tratamento. Mesmo que o diagnóstico seja sempre o mesmo, no caso Eflúvio Telógeno, a causa pode variar imensamente de uma pessoa para outra logo, o tratamento também. Cada paciente tem uma história e uma necessidade, não é como uma receita de bolo que repetimos igual para todos.

Apesar da Tricologia não ser reconhecida como uma especialidade médica (faz parte da Dermatologia) ela exige exame físico, exames laboratoriais, manejo de medicações (doses, efeitos colaterais) e, se você quiser controlar sua queda de cabelo, seja ela aguda ou crônica, tem que dar a devida importância.

Ao investigarmos uma “simples” queda de cabelos podemos fazer diagnósticos de doenças importantes com impacto muito além dos cabelos e, mesmo que  a sua Queda de Cabelo não tenha uma causa grave como uma doença crônica não diagnosticada, ninguém melhor do que um médico especialista no assunto para te dar esta boa notícia! 

2.ALOPECIA ANDROGENÉTICA (OU CALVÍCIE)

Será que você sabe o que é calvície?

É um quadro mais lento, que se desenvolve arrastadamente ao longo dos anos. Muitas vezes, não há aumento de queda de fios mas sim um afinamento e nota-se que o volume dos cabelos não é mais o mesmo de alguns anos antes (ou alguém faz esse tipo de comentário). A causa é genética e tem graus variáveis. Acomete tanto homens quanto mulheres. É um quadro que pode ser controlado e até revertido, mas o tratamento é contínuo.

Calvície: os primeiros sinais podem aparecer ainda na adolescência

Então vamos tentar diferenciar a Alopécia Androgenética (AAG) de outras causas frequentes de queda de cabelo como o Eflúvio Telógeno . 

Quando um paciente com calvície procura o médico pela 1ª vez ele não fala “acho que estou com Alopécia Androgenética” . Aqui as queixas mais comuns que ouvimos de um paciente homem, na 1ª consulta:

  1. Notei que estou ficando com entradas
  2. Meu cabelo está mais ralo
  3. Meus amigos falaram que estou ficando com uma “coroinha” no topo da cabeça
  4. Meu pai é careca e percebo que estou ficando igual a ele.

Perceberam que a queixa é diferente dos casos de Eflúvio Telógeno? O paciente não se queixa da queda em si, de cabelos pelo chão da casa nem do bolo de cabelos que fica no ralo após o banho. A percepção é de que o cabelo está mais fino, com entradas, mais ralo etc. Apesar disso, o paciente com Alopécia Androgenética (AAG) também pode ter aumento de Queda de Cabelo.

Curiosidade: A palavra “alopecia” pode ser escrita de duas formas: alopecia ou alopécia. Ambas as formas estão corretas, mas alopécia é a mais utilizada.

E como se instala a AAG?

Ocorre o que chamamos de miniaturização dos fios de cabelo, um afinamento.

O fio de cabelo tem um ciclo de vida que pode durar cerca 6 anos. Após esse tempo o fio cai e é substituído por outro, com as mesmas características. No paciente com AAG após a queda do fio uma nova haste nasce porem mais fina que a anterior. A cada novo ciclo o fio vem mais fino.

Além desse afinamento cada vez pior, o ciclo de vida fica mais curto, não é mas de 6 anos. Com esse ciclo de vida menor o cabelo não tem mais 6 anos para crescer e logo cairá novamente.

Assim temos duas alterações ; o fio fica cada vez mais fino e menor. A esse fio fino e curto damos o nome de velus. Com o passar do tempo a substituição de fios grossos por fios velus se agrava e a calvície é cada vez mais perceptível já que os fios velus não promovem a cobertura adequada do couro cabeludo.

Miniaturização: na Calvície os fios vão afinando cada vez mais

Resumindo, a Alopécia Androgenética é causada por um afinamento progressivo dos fios de cabelo mas por que e como isto ocorre?

Como o nome já diz a causa desta alopécia é  genética ou seja, a pessoa já nasce com essa tendência. A herança pode vir tanto do lado paterno como materno e existem vários genes responsáveis pela calvície.

Além desta predisposição genética dos pacientes, outro fator importante na causa da calvície é o Hormônio Testosterona. A testosterona é o hormônio masculino mas as mulheres também o possuem porem em menor quantidade.

A testosterona tem a capacidade de alterar as células dos folículos pilosos ; é como se elas recebessem um “comando” para fabricarem um fio cada vez mais fino.

Você a esta altura pode estar pensando que a AAG ou calvície é causada por excesso de testosterona ou  se perguntando por que ocorre apenas nos fios da parte de cima da cabeça e não da cabeça inteira, não é?

Hoje sabemos que apenas os fios da parte de cima da cabeça , em quem herdou a genética da Calvície, são alterados. Os fios da lateral e da parte de trás são “normais”. Por isso que quando realizamos um transplante de cabelos, os fios doados são retirados da parte de trás da cabeça.

E as mulheres?

Você já reparou que as mulheres mesmo quando sofrem de AAG/calvície não ficam como na ilustração acima? Nas pacientes femininas o quadro é mais difuso e não chega a se formar uma área totalmente “calva”, o afinamento predomina na região da coroa mas pode abranger quase toda a cabeça. Os fios que sofrem a miniaturização (afinamento) não estão todos na mesma área como nos homens e sim misturados com os fios normais, numa distribuição mais difusa pelo couro cabeludo assim chamamos a “calvície feminina”  de Alopecia de Padrão Feminino .

No caso das mulheres a calvície pode ser desencadeada por distúrbios hormonais como a Síndrome do Ovário Policísticos (SOP). A palavra síndrome significa “conjunto de sintoma” então na SOP a paciente apresenta além da calvície outros sintomas como acne, hipertricose (aumento de pelos na face), estrias alterações menstruais etc.

Vale a pena esclarecer que a mulher que apresenta AAG não precisa ter alterações hormonais nem síndrome de ovários policísticos, basta ter herdado a genética da Calvície.

Tratamento da Alopécia Androgenética (calvície)

Assim como no Eflúvio Telógeno, na Alopécia Androgenética também pode ser tratada com medicamentos tópicos, orais ou injetáveis (não necessariamente os mesmos medicamentos).

O Tratamento Injetável é um ótimo aliado, na luta contra Calvície, para pacientes que não querem ou não podem fazer uso de alguma das medicações orais.

Se quiser saber mais sobres estas medicações, clique no link:

https://drataisbonilha.com.br/alopecia-androgenetica-ou-calvicie/

Existem opções não medicamentosas para a Alopécia Androgenética, que são as tecnologias. Elas não substituem os medicamentos mas são um aliado importante nesta ” batalha” .

  • LASER (Ligth Amplification by Stimulated Emission of Radiation)

As máquinas de LASER são amplamente utilizadas para vários tratamentos dermatológicos e não seria diferente na tricologia. Na Alopecia Androgenética o LASER vai ter duas ações; a primeira, mais imediata, seria, através da energia (calor) liberada que forma zonas de “lesão” no couro cabeludo  aumentando assim a permeabilidade da pele a drogas que estimulam os folículos pilosos e a segunda seria estimular as células-tronco do folículo piloso e a liberação de fatores de crescimento.

No mercado existem várias opções de aparelhos de LED. Ajudam no tratamento da Calvície e podem ser usados pelo próprio paciente, em casa.

  • LED (Light Emitting Diode)

Nesta tecnologia não ocorre injúria à pele do couro cabeludo como no LASER. O LED promove uma emissão de energia que quando chega às células será absorvida pelas mitocôndrias ( lembra das aulas de biologia do 8º ano, as mitocôndrias são como a “casa de força” das células) e assim ocorre um estímulo para as células do folículo piloso produzirem a haste capilar.

Qual destes tratamento para calvície é o melhor e qual está indicado para você?

Bom, nunca me esqueço das palavras de um professor da faculdade que sempre dizia; “quando uma patologia tem várias opções de tratamento é porque nenhuma delas é a melhor ou somente existiria essa opção” . E é assim no tratamento da calvície. Por ser uma doença genética e crônica o tratamento é contínuo (sim, para sempre!), e vai variando a depender :

  1. do estágio em que se encontra a Alopécia Androgenética / Calvície
  2. da saúde geral do paciente e se ele já toma outros remédios
  3. da disposição do paciente em aderir a este ou aquele tratamento

Na prática o que ocorre é que o tratamento varia de um caso para o outro e mesmo num mesmo paciente tem fases em que precisa ser mais intenso, usando todas as armas disponíveis e depois é mais suave apenas para manutenção do resultado já obtido.

E o transplante capilar?

Muito bem lembrado! O transplante capilar é uma arma poderosíssima no combate à calvície, nele folículos da parte de trás do couro cabeludo (área doadora, aquela onde estão os folículos que não sofrem a influência da testosterona para afinarem, lembra?) são extraídos e depois implantados na área que apresenta os sinais de calvície como o vertéx (coroinha) e a região frontal (entradas).

Agora um recado muito importante se você pensa em realizar um transplante capilar.

Mesmo o paciente que faz o transplante necessita fazer o tratamento medicamentoso contra a calvície. A genética de quem tem calvície não se modifica após o transplante ou seja, o paciente vai continuar sofrendo o processo de afinamento e miniaturização dos fios se não fizer o tratamento. Muitas vezes o candidato ao transplante deve iniciar o tratamento meses antes para assim, diminuir o máximo possível a área calva , já que existe um limite de fios a serem transplantados . Da mesma forma, após o transplante, o tratamento deve continuar para evitar que a calvície progrida e novas áreas calvas se formem .

3.ALOPÉCIA AREATA (AA)

É quando se formam falhas (pequenas ou grandes) no couro cabeludo, como se fossem “clareiras” numa floresta. É um fenômeno autoimune que pode acontecer em crianças e adultos. Ocorre uma ou mais vezes durante a vida e, na maioria das vezes, é reversível com tratamento adequado. Porém, existem casos mais desafiadores que chegam a comprometer não apenas os cabelos da cabeça, mas também os pelos de todo o corpo; é a alopecia areata universal.

Alopécia Areata. Formam-se uma ou várias falhas no cabelo

A Alopécia Areata pode ocorrer em qualquer fase da vida e, com frequência, o primeiro surto acontece ainda na infância. É comum casos de um único episódio mas também podem ocorrer vários surtos ao longo da vida .

Na Alopecia Areata, forma-se uma falha no cabelo de formato circular e, dentro desta falha, a pele pode ficar completamente lisinha, sem nem um fio sequer, e os fios ao redor caem facilmente ao serem puxados .

A Alopécia Areata pode acontecer também em outras áreas fora do couro cabeludo, como por exemplo, na barba.

Alopécia Areata pode ocorrer em qualquer área pilosa do corpo, como na barba

Como se manifesta a Alopécia Areata (AA)?

  1. As lesões podem ser únicas ou múltiplas e simultâneas.
  2. Quando múltiplas, as áreas de Alopecia Areata podem crescer até se unirem em uma só grande área pelada.
  3.  Quando todo o couro cabeludo é atingido, chama-se Alopécia Areata Total.
  4. Se, além de todo couro cabeludo, os pelos do rosto e do corpo também caírem, chama-se Alopécia Areata Universal (esses casos são raros).

Na Alopécia Areata Universal o paciente perde todos os cabelos do couro cabeludo e também todos os pelos da face e do corpo

E por que a AA ocorre?

Sabe-se que na Alopecia Areata ocorre um processo inflamatório que agride o folículo piloso fazendo com que o fio de cabelo caia. Porém, o folículo não morre e continua capaz de produzir um novo fio. É como se o folículo entrasse “em greve”. O processo inflamatório, que impede o folículo de produzir o fio de cabelo, tem origem autoimune. Isso significa que o sistema imunológico do paciente se voltou contra suas próprias células do folículo. É como se fosse um “defeitinho de fábrica” .  

Vale reforçar que a crença popular de que a Alopecia Areata é “causada por estresse” não está correta. Todos nós vivenciamos diferentes estresses no decorrer da vida e nem por isso todos teremos AA. Resumindo: só vai ter Alopecia Areata quem nasce com predisposição. O estresse funciona como um gatilho para que o paciente manifeste as lesões.

Outra informação que gosto de deixar clara é que a doença não é contagiosa. Logo, não passa de uma pessoa para outra.

Existe tratamento?

Sim! Há várias opções de tratamento, e o objetivo é tentar controlar a inflamação que impede o folículo piloso de fabricar o fio de cabelo. Assim, são usadas medicações com ação anti-inflamatória.

A principal delas é o corticoide. O tratamento com esta medicação pode ser tópico (de pingar), infiltração intralesional (injeção diretamente na pele afetada) ou oral.

Os Corticoides ainda são a principal medicação para tratar a Alopécia Areata. Podem ser de uso oral, de pingar ou até de injetar diretamente, na “falha” de cabelo

Nos casos mais graves é usado corticoide sistêmico, que pode ser via oral ou por injeção intramuscular. Infelizmente, é um tratamento que pode trazer vários efeitos colaterais, principalmente em crianças, pois ocorre uma supressão da imunidade de todo o organismo. Por isso, o paciente deve ser acompanhado de perto durante o tratamento.

E aí, você ficou desanimado com as opções de tratamento para Alopecia Areata? Nós médicos também estávamos, mas uma nova classe de medicamentos surgiu nos últimos anos e agora estamos muito animados, pois ela já está disponível inclusive no mercado brasileiro! São os Imunobiológicos.

Os imunobiológicos estão revolucionando o tratamento de várias doenças inflamatórias e/ou autoimunes bem como vários tipos câncer.

Temos várias opções de Imunobiológicos disponíveis no Brasil. Para tratar Alopécia Areata os mais utilizados são os Inibidores da JAK

São moléculas desenvolvidas por engenharia genética e,  com o avanço do entendimento de como essas doenças inflamatórias ocorrem, conseguiu-se fazer com que a medicação tenha ação direta no alvo do problema, direto no “defeito de fábrica” do paciente, que varia de acordo com cada doença.

Assim, o tratamento é mais seguro, pois o Biológico consegue agir muito especificamente no ponto defeituoso do sistema imunológico. Drogas como o corticoide causam uma supressão de todo o sistema imunológico e, por isso, causam efeitos colaterais graves. Os Imunobiológicos, ou apenas biológicos, além de mais seguros são também mais eficazes que os corticoides.

Na dermatologia os Imunobiológicos já são usados como tratamento em doenças como psoríase, dermatite atópica, pênfigo, hidroadenite e melanoma.

Como cada uma dessas doenças tem uma causa diferente ou ocorre em um determinado ponto do sistema imune , elas são tratadas com um biológicos diferentes. Sendo assim cada uma dessas doenças tem um biológico para chamar de seu quando antes era o mesmo corticoide para todas.

É um tipo que chamamos de “pequenas moléculas”. Pequenas porque penetram através da membrana celular e sua ação se dará lá no interior da célula. Já do lado de dentro da célula eles conseguem inibir o que chamamos de via JAK-STAT. Daí , para simplificar, chamamos estas medicações inibidores da JAK (i-JAK) !

O mecanismo de ação que explica como os Inibidores da Jak agem na Alopécia Areata é bem complexo, até para nós médicos!

JAK é uma enzima, o nome correto é janus quinase e nela está a chave que inicia o processo inflamatório da Alopecia Areata. A JAK também está envolvida na fisiopatogenia da Dermatite Atópia, inclusive não é incomum o paciente ter as duas doenças.

Neste post conversamos sobre os tipos de Queda de Cabelo mais frequentes no consultório do Médico Dermatologista e Tricologista, que são o Eflúvio Telógenos, a Alopécia Androgenética ou Calvície e a Alopécia Androgenética.

No entanto existem várias outras condições e doenças que causam queda de cabelo. Uma delas , que tem sido cada vez mais frequente é a Alopécia Fibrosante Frontal, um tipo de Alopécia Cicatricial. Em breve falaremos aqui sobre mais este tipo de Queda de Cabelo .

Fonte:

https://www.sbd.org.br